O CONTROLE DE QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE SEMENTES

AROLDO GALLON LINHARES

 

Como um produto em fase de produção, a semente é submetida a um controle de qualidade em várias etapas ao longo desse processo. A intensidade com que esse controle é exercido varia principalmente em função das disponibilidades existentes para avaliação do fator em causa e, também, em função das exigências do usuário, para o qual esse fator seja relevante. Logicamente, o ciclo de um processo de produção termina quando da utilização da semente pelo agricultor, na semeadura, e é para este, em última análise, que todo o trabalho de controle de qualidade tem seu objetivo. Implícito está em sua definição que o controle de qualidade não visa, apenas, aquilatar o nível de qualidade da semente numa determinada fase. Essa informação deve ser utilizada, também, no sentido de se estabelecerem mudanças, se necessárias, para que o produto final atinja o nível de qualidade pretendido. Assim posto, podemos admitir que o primeiro controle de qualidade sofrido pela semente corresponderia ao ato de seleçâo de uma nova linhagem pelo melhorista. Na maioria das vezes, uma planta estável geneticamente ou um conjunto de plantas homogêneas e estáveis é o ponto inicial de uma futura cultivar. Nesse caso, um controle de qualidade foi exercido e, como conseqüência, as plantas resultantes dessas sementes iniciais serão uniformes para os caracteres selecionados. Essas plantas, por sua vez, formarão lavouras uniformes que, mantidas dentro de sua pureza varietal, transmitirão essa qualidade por anos seguintes.



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