Uma revisão geral da situação das pastagens consorciadas tropicais desde o ponto de vista do componente "leguminosa" é feita levando em consideração aspectos sobre o papel das coletas e a introdução de material exótico na ampliação da variabilidade genética, o papel do melhorista na definição da metodologia de avaliação e a importância de estudos ecológicos que acompanhem o desenvolvimento deste tipo de pastagens. A especificidade das condições de solo-clima no Brasil Central é anotada em relação à procura de leguminosas melhor adaptadas que as disponíveis atualmente, bem como certos entraves de manejo que surgem numa mistura gramínea-leguminosa na situação tropical. Conclui-se que a escolha das espécies a serem melhoradas deve ser cuidadosa e restrita, da mesma forma que a ênfase em alguns poucos caracteres importantes deve ser prioritária. Para o lançamento de novas cultivares prevê-se um trabalho a longo prazo de avaliação da adaptação relativa de boas coleções, realizado paralelamente à procura de material eficiente na absorção de nutrientes e de boa capacidade fixadora de nitrogênio.