REPRODUÇÃO ASSEXUADA DAS PLANTAS
D.C. GIACOMETT
A reprodução assexuada das plantas consiste no desenvolvimento de uma nova
planta envolvendo gema e formação de raízes adventícias. Mesmo a técnica de
micropropagação asséptica, quer seja através de meristema ou célula, envolve a
formação inicial de uma gema ou estrutura semelhante, a qual evolui para plântula depois do desenvolvimento de raízes. A reprodução vegetativa permite que toda a informação genética da planta-mãe seja transmitida à nova planta, graças à replicação do DNA (4). Os processos convencionais de multiplicação vegetativa, sobretudo por estaquia,
alcançaram apreciável progresso a partir de 1930, quando se descobriu a açao das
auxinas na ativação das células cambiais e na formação de raízes adventícias (4) e, a
partir de 1940, com o desenvolvimento de técnicas para enraizamento de estacas com
folhas sob nebulosidade artificial (2).
A micropropagação constitui um clímax na técnica de reprodução vegetativa
artificial, pois é utilizada na obtenção de material básico e na multiplicação de espécies de propagação vegetativa difícil, lenta, ou semelhante àquelas que não se propagam naturalmente, como o coco e o dendê (3 e 9).
Em dezembro de 1977, decretou-se no Brasil a lei que estabeleceu a inspeçao e a
fiscalização da produção e do comércio de sementes e mudas, a qual foi regulamentada em junho de 1978. Essa lei e sua regulamentação (1) permitem instalar, em nível
estadual, o sistema de certificação de sementes e mudas. Entretanto, esse sistema só
poderá ser instalado em locais onde houver disponibilidade de material básico,
caracterizado por adequada avaliação e condição fitossanitária.