Com a finalidade de se estudar o efeito imediato e residual do adubo
fosfatado no vigor das sementes de amendoim (Arachis hipogaea L.),
provenientes de plantas que não responderam à adubação fosfatada em
condições de campo, foi conduzido o presente trabalho. As doses de adubo
fosfatado empregadas foram 0, 40, 80, 120 e 160kg/ha de P2O5, na forma de
superfosfato simples, aplicadas nos sulcos de semeadura, na época das águas.
Para se observar o efeito residual dessas doses, foi instalado outro ensaio no
mesmo local, na época da seca. A cultivar de amendoim utilizada foi a 'Tatu
vermelho'. As vagens das duas épocas de cultivo, após colhidas, respectivamente
aos 16/01/76 e 15/06/76, foram descascadas mecanicamente. As sementes foram
tratadas com fungicida mercurial, embaladas em sacos de polietileno e
armazenadas em condições ambientais de laboratório, por doze meses. Para cada
ensaio, aos três, seis, nove e doze meses de armazenamento, foram retiradas
amostras de sementes e realizados testes de emergência no campo, onde se
estudou a velocidade e a porcentagem de emergência de plântulas. O adubo
fosfatado, tanto na forma de efeito imediato como residual, não afetou o vigor das
sementes, considerando-se todo o período de armazenamento. Entretanto,
verificou-se que as sementes, obtidas dos tratamentos que receberam 120 e
160kg/ha de P2O5, no cultivo das águas, apresentaram maior porcentagem de
emergência em relação ao tratamento testemunha que não recebera a adubação,
quando avaliada aos nove meses de armazenamento. Observou-se, também,
queda gradual do vigor das sementes, de ambas as épocas de cultivo, com o
decorrer do armazenamento.