O setor sementeiro passou por grandes transformações nas últimas décadas, tornando o Brasil um dos líderes globais no setor agrícola. Tais avanços foram acompanhados pelo desenvolvimento de um sistema de produção de sementes bastante robusto ao longo dos anos. A produção de sementes, por sua vez, é em sua maioria dedicada às grandes culturas, como soja, milho, trigo, arroz e algodão.
A nível nacional, a primeira vez que houve preocupação com o comercio de sementes foi na década de 60 com fiscalizações e incentivos do governo, corroborando para a criação das primeiras associações e instituições de pesquisa voltadas para sementes.
Na década de 90 com o advento da Lei de Proteção de Cultivares, a semente passou a ser vista como veículo de tecnologia da agricultura, e muitas transformações e investimentos expressivos foram realizados, visando a comercialização de sementes de qualidade. Desde então, passa a ser uma exigência para a produção de sementes, para fins comerciais, a autorização do obtentor da cultivar para reprodução. Sendo essa decisão um marco para o início do mercado ilegal de sementes, comprometendo a qualidade e produção de sementes.
Como forma de disciplinar a cadeia produtiva e incorporar as mudanças no setor sementeiro é então publicada a Lei 10.711 de 5 de agosto de 2003 que dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM), hoje regulamentada pelo Decreto 10.586 de 18 de dezembro de 2020, com objetivo de garantir a identidade e a qualidade das sementes comercializadas e utilizadas em todo o território Nacional.
Das atividades que compreendem o SNSM encontra-se a análise, sendo a análise de sementes e mudas caracterizada pelo conjunto de técnicas usáveis em laboratório para determinar a qualidade de uma amostra de sementes. Sendo que a semente de qualidade é aquela, que corresponde aos atributos genéticos, físicos, sanitários e fisiológicos, e para atender o conjunto desses atributos, é necessário a adoção de rígidos e eficientes programas de controle de qualidade externo e interno.
Dessa maneira, com as exigências cada vez maiores do setor sementeiro, faz-se necessário a união do setor de análise de sementes, a fim de reunir informações e trazer qualificação para os profissionais envolvidos com controle de qualidade e análise de sementes, visando capacitá-los para as constantes melhorias no setor.
Para auxiliar no desenvolvimento científico e tecnológico do setor de sementes a ABRATES criou o Comitê Técnico de Análise de Sementes.
Objetivo geral
Conectar as pessoas e ampliar a participação do setor de análise de sementes junto a ABRATES para promover debates referentes a inovações e tecnologias que auxiliam na tomada de decisão, aumentar o nível de conhecimento e qualificação das pessoas envolvidas através de treinamentos, reciclagens, reuniões técnicas e eventos voltados para o setor de análise de sementes, como forma de trazer soluções para os principais gargalos do setor e consequentemente agregar qualidade e valor às sementes produzidas no Brasil.