Diretores da Abrates são premiados pela Abrass

O presidente da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates), Francisco Carlos Krzyzanowski, e o diretor-financeiro, José de Barros França Neto, ambos pesquisadores da Embrapa Soja, foram premiados na semana passada pela Associação Brasileira de Produtores de Semente de Soja (Abrass). Os premiados receberam um troféu por importante contribuição em prol do desenvolvimento da semente de soja no Brasil.

O prêmio também foi concedido a mais sete profissionais da área. Entre eles, dois ex-presidentes da Abrates, o pesquisador da Embrapa Soja, Ademir Assis Henning, e o professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Silmar Peske.  Também foram premiados, o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno, o chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, o presidente da Cotton Tecnologia de Sementes, Cláudio Manoel da Silva, a consultora de qualidade de sementes de soja, Maria de Fátima Zorato, e o professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Rogério Coimbra.

“Essa distinção que recebemos da Abrass é um reconhecimento, no meu caso, de 35 anos de trabalho dedicados à tecnologia de sementes de soja. Foi um momento muito emocionante e empolgante na minha carreira profissional. É uma distinção maravilhosa, principalmente, porque foi concedida pelos produtores de sementes de soja. O prêmio me estimula a continuar aprimorando os trabalhos nesta dedicação à indústria brasileira de sementes”, afirma Krzyzanowski.

França Neto também ficou emocionado e agradecido pela premiação. “Esta homenagem me tocou fundo nos meus sentimentos porque foi um reconhecimento da Associação Brasileira de Produtores de Sementes de Soja, da espécie que eu tenho dedicado grande parte da minha vida nos meus 47 anos como engenheiro agrônomo. Então, é um reconhecimento de todos os esforços dedicados a esta cultura. Para mim, foi muito importante e serve como estímulo para que eu continue em frente nessas linhas de trabalho, dedicados especificamente à qualidade da semente de soja”, ressalta França.

O prêmio foi entregue durante o 2º Encontro Nacional dos Produtores de Sementes de Soja (Enssoja), realizado entre os dias 13 e 15 de junho, em Mogi das Cruzes (SP). O evento reuniu cerca de 300 profissionais da cadeia de produção da soja no Brasil e trouxe à pauta temas como mercado, genética, inovação e perspectivas políticas para o setor. O pesquisador França Neto palestrou sobre a contribuição da semente para a cultura da soja, destacando os principais avanços em tecnologia de produção de sementes.

De acordo com França Neto, é essencial o desenvolvimento de alternativas tecnológicas para a superação de fatores limitantes no processo de produção de sementes, como a deterioração por umidade, estresses, térmico e hídrico, a presença de sementes esverdeadas, a importância de uma boa nutrição da planta, bem como o manejo para o controle de percevejos sugadores.

Para o pesquisador, a adoção de tecnologias específicas para a produção de sementes e um adequado sistema de controle de qualidade garantem o estabelecimento da lavoura e as altas produtividades. “A equipe de Tecnologia de Sementes da Embrapa Soja tem gerado diversas tecnologias para garantir a qualidade das sementes de soja, como, por exemplo, o aprimoramento métodos de análise da qualidade de sementes, visando a produção de sementes de elevadas qualidades fisiológica, sanitária, genética e física”, ressalta.

Segundo Francisco Krzyzanowski, a semente de soja, para ser considerada de alta qualidade, deve ter altas taxas de vigor, germinação e sanidade, bem como garantias de purezas física e varietal (genética) e não conter sementes de plantas daninhas. “Esses fatores respondem pelo desempenho da semente no campo, culminando com o estabelecimento da população de plantas requerida pela cultivar, aspecto fundamental, que contribui para que sejam alcançados altos”, finaliza.

(Com informações da Abrass e Embrapa Soja)

Foto: Leonardo Scavone/Divulgação