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Inteligência Artificial é tema da III Prosa Sementeira
01/06/2021

No campo, sementes de alta qualidade podem garantir uma germinação eficaz, facilitar o manejo e potencializar a produtividade. Nos laboratórios, a pesquisa investe na Inteligência Artificial (IA) para aumentar a capacidade de interpretação de dados e desenvolver novos produtos. A inovação é tema do terceiro episódio da “Prosa Sementeira – A Inteligência Artificial e o controle de qualidade de sementes”. O evento on-line, promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates), será nesta quarta-feira (2), às 19 horas, no Youtube.

A IA está revolucionando o agronegócio, especialmente na área de sementes, podendo ser aplicada na produção, processamento, distribuição e controle de qualidade nos laboratórios.

Também assume papel de destaque na tomada de decisões no campo, na recepção, beneficiamento e transporte das sementes.

Para dar um panorama sobre as diversas aplicações da tecnologia, a Prosa Sementeira convidou o CEO da TBit, Igor Chalfoun, a gerente de controle de qualidade da Sementes Goiás, Ana Heloisa Gonçalves, e o diretor da Agrotis, Manfred Leoni Schmid.

A mediação da conversa será de Maria Laene de Carvalho, segundo-vice presidente da Abrates,  docente da Universidade Federal de Lavras (UFLA), organizadora do evento.

Laene destaca que o objetivo do episódio é mostrar como a IA está contribuindo para o  setor  de sementes.

“Vamos  contar com a participação de três especialistas no assunto. Eles vão falar sobre o que é Inteligência Artificial, como tem sincronia com a Internet das Coisas, Agricultura 4.0 e robótica. Todas essas tecnologias dependem da Inteligência Artificial. Vamos abordar também as aplicações da inovação, que já estão  ocorrendo no universo sementeiro, tanto no laboratório de controle de qualidade, como na produção, na inspeção  de campo, na definição de colheita”, afirma a coordenadora da Prosa Sementeira.

Laene acrescenta que os eventos on-line têm contribuído com a formação dos  profissionais da área de sementes, pesquisadores e estudantes, neste período em que os encontros presenciais foram suspensos pelas restrições da Covid-19.

“Não pudemos realizar nem o nosso tradicional Congresso Brasileiro de Sementes por causa da epidemia do coronavírus. Já tem dois anos, que estamos sem reunir os sementeiros em torno de eventos. A ideia nossa é levar ao setor as novidades do agronegócio, mais especificamente em sementes, para que tenham conhecimento do que está acontecendo no cenário nacional em termos de avanços”, ressalta.

Igor Chalfoun, O CEO da  TBit, agtech especialista em análise de imagens e classificações, dará uma visão geral sobre IA e como é aplicada nos laboratórios de sementes.

Do laboratório ao campo

Desde 2017, a gestora de qualidade da Sementes Goiás, Ana Heloisa Gonçalves, conta com a IA na rotina de trabalho no  laboratório, nas análises de germinação e da parte física das sementes. Na Prosa, ela vai falar sobre essa experiência.

“O Ministério da Agricultura ainda não aceita a análise por Inteligência Oficial, como base oficial. Porém, um item da ISO 17025 requer supervisão da equipe. A gente, então, utiliza muito a tecnologia para auditar os nossos resultados e até como forma de transparência para nossos clientes, já que temos essas análises sem interferência humana realizada por uma inteligência, com  o mesmo padrão que utilizamos. Muitas vezes, a gente faz o uso da Inteligência Artificial como analista padrão do laboratório”, ressalta Ana Heloisa, apontando ainda que a tecnologia consegue suportar mais análises que um profissional. “Eu não vejo um substituindo o outro, mas um validando o outro”.

Manfred Leoni Schmid, diretor da Agrotis, vai falar sobre a experiência da empresa com a IA na área de sementes.

“Na área de sementes existem muitas  tecnologias, principalmente com base em informação. Hoje, para produzir sementes é preciso várias análises e atributos. Há uma gama de informação muito grande para chegar à conclusão de qual semente, lote e campo de semente compensam para dar seguimento no processo. A produção de sementes é  cara porque trabalha com algo vivo. Então, é fundamental saber quais são os sinais, os atributos que são possíveis serem lidos no começo do trabalho e que identifiquem se vale dar prosseguimento ou não na pesquisa”, explica Schmid.

O diretor da Agrotis finaliza dizendo que a qualidade das sementes é comprovada no campo e que a IA também é importante nessa fase.

“A Inteligência Artificial pode ajudar, desde a escolha e do planejamento correto do local dos campos de sementes, da semente matriz, das cultivares corretas e toda a parte agronômica  de produzir aquele campo e de acompanhar a informação. Antes da colheita é possível ter uma prévia da qualidade da semente, que ainda está na vagem.  Desde a semente na vagem até estar dentro do pacote para o agricultor é um prazo de cerca de seis meses. Porém, seis meses antes, com o grão ainda dentro da  vagem é possível dizer se tem potencial de ser ou não uma semente boa. Um conjunto grande de informações e estatísticas do que ocorreu, no passado e análise laboratorial bem feita, podem mostrar o que será a qualidade daquela semente”, conclui Schmid.

O próximo episódio da Prosa Sementeira será dia 7 de julho com o tema: “Tratamento de Sementes”.

SERVIÇO

III Prosa Sementeira – A Inteligência Artificial e o controle da qualidade de sementes

Quando: 02/06/2021

Horário: às 19 horas

Onde: canal da Abrates no Youtube

Quanto: gratuito

Mais informações : contato@abrates.org.br