O segundo dia do 1º Worklas Apasem, que está ocorrendo em Londrina, teve início com a palestra ministrada por Débora Rocha, vice coordenadora do Comitê de Análises de Sementes e coordenadora de Qualidade de Sementes na Agromen. Durante sua apresentação, Débora abordou o tema Substratos para Análise de Sementes, destacando a importância de uma escolha criteriosa para garantir o sucesso da germinação e do enraizamento.
Com moderação do Dr. José de Barros França Neto, pesquisador da Embrapa Soja, Débora enfatizou que a seleção do substrato depende tanto do tipo de semente quanto dos ingredientes ativos utilizados no tratamento. Como exemplo, destacou a vermiculita, um substrato leve, de fácil manuseio e com excelente capacidade de retenção de água, que tem apresentado ótimos resultados para a germinação de sementes de espécies florestais.
A Dra. Maria de Fátima Zorato, da MFZorato Consultoria, ministrou a palestra Reflexos do Campo nos Laboratórios de Sementes durante o 1º Worklas Apasem. Em sua apresentação, destacou que, embora a qualidade das sementes comece no campo, é nos laboratórios que se realizam as análises detalhadas que garantem sua excelência.
Os laboratórios de sementes seguem rigorosos padrões e regulamentações, verificando aspectos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários das sementes. Esse processo assegura que elas atendam aos critérios de qualidade exigidos para comercialização, reforçando a importância da integração entre campo e laboratório para o sucesso do setor.
Ainda no período da manhã, o Dr. Francisco Carlos Krzyzanowski, pesquisador da Embrapa Soja, ministrou a palestra Avaliação de Plântulas de Soja no Teste de Germinação durante o evento, que teve como moderador Dr. Fernando Augusto Henning, também da Embrapa Soja.
Em sua apresentação, Krzyzanowski ressaltou que a principal função do controle de qualidade na produção e comercialização de sementes é garantir que cada lote atenda aos padrões estabelecidos pela legislação de sementes vigente no país. Essa legislação define os critérios mínimos de qualidade exigidos para produção e comercialização.
Entre os aspectos abordados, destacou-se a importância da qualidade fisiológica das sementes, cujo teste mais básico é o de germinação. Regulamentado pelo Capítulo 5 das Regras para Análise de Sementes (RAS) (Brasil, 2009), o teste de germinação determina o potencial máximo de germinação de um lote de sementes. Este dado é essencial para comparar a qualidade de diferentes lotes e estimar o desempenho potencial das sementes em campo.
A programação da tarde do evento começou às 13h30 com o Painel 7: Análise de Sementes Forrageiras, apresentado pela engenheira agrônoma Sandra Ferreira, secretária executiva da Anprosem, e moderado pela engenheira agrônoma Saionara Maria Tesser, responsável técnica pelo LAS Apasem. O painel, com duração de uma hora, incluiu a apresentação do tema e uma discussão final, abordando os principais aspectos e desafios relacionados à análise de sementes forrageiras.
Na sequência, às 14h30, teve início o Painel 8: Mistura de Sementes MIX, conduzido pela engenheira agrônoma Maria Selma Carvalho, diretora executiva da APSEMG, e pelo engenheiro agrônomo Jhony Möller, diretor executivo da Apasem, que também atuou como moderador. Durante uma hora, os palestrantes discutiram as práticas e regulamentações relacionadas à mistura de sementes, um tema relevante para o setor.
Após os dois painéis, os participantes aproveitaram um intervalo para coffee e visita aos estandes, das 15h30 às 16h30, onde puderam conhecer mais sobre produtos e serviços relacionados ao setor de sementes.
Às 16h30, iniciou-se o Painel 9: Laboratório de Análise de Sementes – Desafios e Oportunidades, apresentado pelo Dr. Henrique M. Sant’Anna, representante do Ministério da Agricultura, com moderação da Engenheira Agrônoma Juliana S. Bueno Veiga, responsável técnica pelo LAS Apasem. Durante duas horas, o painel abordou questões cruciais para os laboratórios de análise de sementes, destacando os desafios enfrentados e as oportunidades de melhoria e inovação.