Pesquisa avalia prática alternativa para inoculação de sementes
05/02/2017

A prática que será avaliada aproveita as bactérias que já estão bem adaptadas às condições de solo e clima da área de produção o que pode representar uma vantagem.

feijao
Um dos gargalos para a disseminação da tecnologia da inoculação para o agricultor de base familiar é a falta de interesse das indústrias, ocasionada pelo baixo custo do produto e a logística complexa para distribuí-lo. Pensando nisso, a pesquisadora Norma Rumjanek iniciou no ano passado testes em feijão comum e feijão-caupi com um "inoculante alternativo", feito a partir de extrato de nódulos de raízes da própria unidade produtiva. A ideia é que o agricultor possa produzir seu próprio inoculante. "Já existem alguns relatos na literatura, mas não há nada comprovado cientificamente", diz.
 
Essa prática estudada aproveita as bactérias que já estão bem adaptadas às condições de solo e clima da área de produção, o que pode representar uma vantagem. A pesquisadora salienta que até agora existem apenas evidências de que a técnica pode substituir o inoculante industrial e, por isso, é necessária uma avaliação mais criteriosa como a que será realizada por meio do projeto.
 
Caso o extrato se confirme como uma boa alternativa de inoculação, será necessário disseminar a técnica para os agricultores. Mas, além disso, Norma afirma que, a partir desses resultados, abrem-se novos caminhos para a pesquisa. Os extratos avaliados durante o projeto serão guardados e analisados posteriormente em laboratório, utilizando-se técnicas moleculares que permitam verificar a presença de diferentes grupos de bactérias. Nos estudos realizados até o momento já sabe-se que, além do rizóbio, outros 14 gêneros de bactérias estão presentes no extratos. Continue lendo.
 
Fonte: Ana Lucia Ferreira (Mtb 16913/RJ) / Embrapa Agrobiologia