A produção de sementes florestais no Brasil teve início no século XX, com o fornecimento de material genético para a emergente indústria madeireira, pautada na silvicultura de Eucalyptus e Pinus. O setor foi impulsionado por meio do programa de incentivos fiscais (Lei nº 5.106/1966) com isenção de impostos para investimentos em reflorestamentos, a fim de atender a demandas das indústrias siderúrgicas e de papel e celulose. Dessa forma, o setor de silvicultura ocupou um papel central no desenvolvimento de tecnologia e marcos legais para a produção e controle da qualidade de sementes florestais.

Por outro lado, nas últimas décadas têm expandido os programas de restauração ecológica, refletindo diretamente na estruturação de cadeias de valor. Para atender a crescente demanda por sementes de espécies nativas passaram a ser requeridos o controle da origem, da qualidade e da identidade dos materiais genéticos, desde a seleção de áreas e matrizes até o armazenamento e comercialização. De acordo com a Lei de proteção da vegetação nativa (no 12.651/12), estima-se que 12,5 milhões de hectares devam ser restaurados em todo o país até 2030. Isso representa a necessidade de um arranjo produtivo robusto para atender a uma produção anual de centenas a milhares de toneladas de semente nativas.

A organização do setor de sementes nativas no Brasil tem sido pautada por meio de Redes de Sementes em diferentes regiões e Biomas com a participação de variados atores. As atividades de coleta e produção de sementes nativas no Brasil são, substancialmente, de base familiar e comunitária com relevante participação de mulheres e jovens. No entanto, os sistemas carecem de condições estruturais e técnicas, gerando diversas e amplas fragilidades operacionais, ainda mais para atender às rígidas exigências legais para formalizar a produção. Além disso, muitas lacunas de conhecimento persistem, principalmente quanto a forma de propagação das espécies, técnicas de produção, testes rápidos para aferição de viabilidade e tecnologias de armazenamento.

Para auxiliar no desenvolvimento científico e tecnológico do setor de sementes florestais a ABRATES criou o Comitê Técnico de Sementes Florestais em 1984. Os membros do comitê são representantes do setor produtivo e especialistas da área de sementes florestais e nativas, os quais são eleitos a cada três anos.

Objetivo geral

O Comitê Técnico de Sementes Florestais objetiva promover o fortalecimento científico e tecnológico integrado à construção de políticas públicas para estimular a produção em larga-escala de sementes nativas do Brasil e exóticas silviculturais, com a proposição de sistemas efetivos de controle da qualidade, origem e identidade de material genético focados na conservação de espécies e promoção de setores produtivos.

Site: https://www.sementesflorestais.org

 

DIRETORIA

Coordenação
Bárbara França Dantas
Coordenadora
Geângelo Petene Calvi
Vice-Coordenador
Subcomitês
Sub-Comitê Políticas Institucionais
Juliana Müller Freire
Eduardo Malta
Sub-Comitê Técnico Científico
Lausanne Soraya de Almeida
Edson Ferreira Duarte
Capacitações e trocas de conhecimentos
Fátima Piña-Rodrigues
Manuel de Jesus Lima Junior
Sub-Comitê Divulgação e redes sociais
Gabriele Cristina Vieira Pinto